É engraçado, como uma foto, ou um vídeo, pode nos fazer sentir exatamente como sentia no momento do registro. 
Faz a gente lembrar exatamente o que estava fazendo, falando, pensando, naquele momento. 
É como um portal para aquele dia/hora, como se a gente pudesse fechar os olhos, e simplesmente ir para aquele lugar, seja semana passada, mês passado ou cinco anos atrás. Seja aqui, na sala de casa, em outra cidade, em outro estado, ou em outro país. 
Quem nunca sentiu saudade da época de escola, faculdade ou daquelas férias no litoral, e quis, com toda a vontade do mundo, voltar para aquele tempo? Poder sentir seu coração acelerado, como sentia naqueles dias, sentir-se vivo... 
Sinto-me doente só de lembrar que, algum dia no passado, eu tive mais de cinco amigos. Eu tive dias felizes, conversas diversas, interações, problemas de verdade. Que eu tive uma vida ativa, tomando sol todos os dias, no caminho de ida e volta daquele lugar que, na época eu detestava, mas hoje em dia eu daria tudo para voltar. 
E eu me sinto assim quando vejo fotos. Foi só uma foto, algum momento do passado, de alguns anos atrás, que me fez lembrar tudo isso. 
E dói ver que cada um seguiu seu rumo, andou sozinho, quando, naquela época, parecia que ninguém viveria por si só. Naquela época, ninguém imaginava como seriam os dias sem os amigos, como a vida seguiria sem as manhãs com aula de biologia. 
Mas a vida seguiu. Pregou aquela mesma peça, que sempre nos pega desprevenidos, e assumiu o volante do nosso destino, fazendo-nos viver sem aquilo que antes era nosso oxigênio. 
E tudo isso, percebi, enquanto olhava para uma foto...



Ta estranho, não ta?
Ta tudo agitado demais.
A vida, que antes era tão parada, está cada dia mais empolgada, e não nos deixa em paz. Sempre tem alguma coisa, alguém, ou algum lugar. E ai, que acaba fazendo a gente se afastar.
A vida, que antes era tão calma, mostrou-se entusiasmada. Mas, quem disse que eu tenho entusiasmo para acompanha-la?
Estou cansada. Mas não fiz nada hoje.
De onde vem o cansaço?
Olho ao redor, estou na cama. Um livro ao lado a TV ligada em um programa qualquer, no volume mudo. O que aconteceu? percebo que acabei de acordar, mas já são três da tarde. Estou sem animo. A vida está me olhando e chamando, mas eu contínuo aqui, deitada. Continuo aqui, negando.
A vida, que antes era tão calma, está gritando comigo, me agredindo, me espancando. Ela quer que eu reaja. E o que eu faço? Continuo aqui, deitada, nocauteada.
A vida, que antes era tão calma, perdeu a paciência. E me deixou aqui... Deitada.



A procura pelo amor eterno é, também, eterna. 
É ambíguo. Nunca saberemos se o amor que temos hoje é de fato nosso amor eterno. O que é o eterno?
Pois é, nunca saberemos. 
E existem pessoas que fazem uma grande coisa com isso. E exageram na busca, quando na verdade o amor eterno, verdadeiro, sem cobranças, vem quando a gente menos espera, e não tem aquela cara de amor eterno. Até porque, o amor eterno nada mais é do que aquele amor que DESEJAMOS ser eterno. Então, ele se torna, automaticamente. 
Mas ainda assim, existe quem exija. Por que exigir do amor?
"Procura-se Um Amor que Goste de Viagens", diz o anúncio. O que esperar de uma pessoa que exige que seu amor goste de viagens? E se ele, simplesmente, for caseiro? Você vai dispensar o amor eterno, o amor verdadeiro, a pessoa ideal, por que ela não gosta de viagens? Ou de filmes românticos, ou de futebol? 
Bem, se a resposta for positiva, talvez tenha seja esse o motivo de você não encontrar o tão sonhado amor eterno. O que você faria se alguém fosse o seu amor, mas não ficasse com você porque você simplesmente não gosta de tomar banho de mar? Você aceitaria a condição? Foi o que pensei. 
Quem muito pensa e muito exige, acaba sem nada. E sem o amor, nós não somos nada. 
Pense menos, ame mais, deixe mais "de lado", releve as pequenas coisas, e procure um amor que procure por você. 



As vezes me pergunto, onde estão as pessoas que, assim como eu, preferem passar o dia inteiro em casa?
E aquelas que não gostam da noite, onde estão? Falem comigo! Eu sou uma delas. 
Prefiro estar em casa à estar em lugares lotados de pessoas desconhecidas e agitadas. Prefiro a luz do dia à escuridão noturna, onde somos obrigados à iluminar o ambiente com luzes artificiais, amareladas e sombreadas. Prefiro estar em casa, lendo um bom livro ao lado de uma luminária fraca, deitada em minha cama; ou em algum lugar calmo e vazio, observando a lua, sentindo o vento bater no meu rosto, forte e gelado. É assim que eu prefiro. E só prefiro porque preciso. Não prefiro a noite. Sou muito mais do dia. Da luz do sol, os raios batendo em meu rosto e aquecendo minha pele. Gosto dessa sensação, onde parece que estou sendo invadida por essa estrela tão gigante que seria capaz de exterminar todos nós. 
A grandeza dela me assusta, mas me encanta. O sol, invadindo a sala de casa, dando aquela iluminação perfeita para uma leitura, uma fotografia ou uma cochilada de dez minutos, aquelas que nos invadem com sonhos agitados e malucos. 
Prefiro estar em casa, com comidas prontas e a cama feita, onde posso me jogar e desarrumar os lençóis, e saber onde está aquele objeto que larguei minutos atrás. 
Não estou falando de solidão; não prefiro estar só. Eu gosto de pessoas. 
Mas por que muitas? Por que escolher estar rodeada de pessoas desconhecidas, quando posso estar em poucas companhias, porém, agradáveis? Que irão me proporcionar risadas e bons momentos, aqueles que, geralmente, dão as melhores fotos espontâneas. 
Não almejo a solidão. Apenas o conhecido, o lar, o confortável. O lugar onde posso me sentir em casa



Existem coisas na vida que, mesmo se quisermos muito, elas não vão acontecer. 

E existem coisas na vida que, quando a gente menos espera, acontecem. Aquelas coisas que parecem impossíveis. 
Você consegue imaginar como será sua vida daqui cinco anos? Você pode querer que algumas coisas aconteçam, mas é aí que a mágica acontece: a vida entra no meio e interrompe seus sonhos. Mas nem sempre isso é uma coisa ruim. As vezes, ela interrompe sonhos que nunca dariam certo, para dar lugar à sonhos que mudarão sua vida para melhor - muito melhor! 
Quando imaginamos nossa vida daqui cinco anos, esquecemos de lembrar como éramos cinco anos atrás. Esquecemos do que pensávamos cinco anos atrás, do que queríamos para nossa vida. E tenho certeza, se você queria ser uma atriz famosa e hoje não é, é porque algo entrou em sua vida. Se você nem pensava em ser mãe, e hoje é, é porque a vida deu um jeito de te mostrar a beleza e o milagre que é colocar um novo ser no mundo, por algum propósito, para te fazer acreditar no amor, no impossível, ou simplesmente porque achou que seria bom demais para você, presenciar uma nova vida nascendo e criando formas. Pode ter sido qualquer coisa! Mas o destino é assim mesmo. Ele nos faz viver coisas que nunca imaginaríamos, e as vezes nos tira coisas que sempre quisemos. Mas isso não quer dizer que não teremos nossos sonhos antigos de volta. Quem sabe, um dia, quando realizarmos as prioridades, os sonhos antigos não se realizam?
Porque são sonhos, e sonhos nunca morrem. Sempre estaremos lá para dormir e sonhar mais, mais, cada vez mais... 




Quando você sorri pra mim é assim:
O céu se abre sobre mim. 
Tudo ganha cor; as crianças não mais choram
Os animais não mais sofrem
Não existe solidão. 

Um sorriso ingênuo, no começo do dia

Também no meio, não me importo
Ou no fim, para me dar o conforto
É tudo que eu desejo ver no seu rosto

Estou amando seus dentes, 

Admirando seus lábios se entortarem
Sempre observando seu rosto, esperando o momento
Em que tudo ganhará vida 
Quando valerá todo o esforço

Quando você sorri pra mim é assim:

Eu sorrio também
E sei que o que você mais quer
É que o seu sorriso seja o motivo do sorriso de alguém.



Soltam pelos. 
São assustados, não gostam muito de carinho, não correm atrás de você e dormem o dia inteiro. 
Os gatos, ao contrário dos cachorros, não demostram 100% a felicidade, as vezes não estão "nem aí" para os donos. Parecem interesseiros, quando se esfregam em nossa perna pedindo comida, e depois, somem quando mais queremos sua atenção. 
Assim são os gatos. Cheios de pelos, cheios de si. Ignoram nossas tentativas de afeto e se escondem quando chegamos perto. 
Parecem frios, mas são quentinhos. São gatos. Gatinhos. 
São diferentes dos cachorros, que parecem sempre carentes. Mas isso não os coloca para baixo. Estão no mesmo nível, na mesma escala, e se morarem na mesma casa, estão no mesmo coração. 
São gatos, e, me diz: como não amá-los?




O quão difícil é ser feliz?
Alguns definem a felicidade como um momento, e não um sentimento permanente. 
Pode ser, pode ser. 
Na minha concepção, felicidade é um estado de espírito. Não é possível ser feliz em todas as vinte e quatro horas do dia - a não ser que você esteja na DisneyLand - como também não é possível ser triste durante todo o dia. 
São momentos que compõem aqueles intervalos de tempo que determinam se foram bons, ou não, num todo. 
Como quando chegamos em casa e nosso cachorro pula com as patas dianteiras no nosso colo, pedindo atenção e estando contente com nossa chegada, abanando o rabinho e nos olhando como se fôssemos reis e rainhas. Aí sim, não importa o que nos aconteceu anteriormente, naquele momento, estamos felizes. 
E não é difícil ser feliz. 
Alguns estão afundados em sua própria infelicidade, e acham que esse estado está morto e enterrado. Mas não está. É simples. E é quando você entende essa simplicidade, que consegue sentir-se plenamente feliz. 




Um café gelado, um dia de sol. 
Um amor quente, estou tão só. 

São coisas pequenas, que quero ver
como seu sorriso ao amanhecer. 

Gosto tanto de você, assim, de pertinho
É bom ter seu aconchego, não me sinto sozinho. 

Estamos juntos, deitados, enrolados
Nossos pés gelados
Mantendo nossos corpos resfriados

É assim que quero estar
sozinha não mais
Me enrolar com você, e sentir meu corpo em paz